- Sei o motivo da gargalhada, bigodudo – disse Celeste.
O jardim da frente tinha em torno de si um caminho circular. Os dois caminhavam por aí, de braços dados, em sentido anti-horário. Zé estava com as bochechas vermelhas após a crise de riso. Não parecia arrependido, muito pelo contrário.
- Parece até intriga do destino! Você não acha? – perguntou o estrangeiro.
- Espero que seja mesmo apenas coincidência – disse a mulata, misteriosa.
Ambos estavam em sintonia. Para Zé, pareceu tudo tão casado que ele achou piada, não se aguentou e fez o que fez. Celeste, por sua vez, não viu lá muita graça. Sentiu foi medo.
Oras, primeiro, aparece um sujeito sinistro pedindo – ou melhor, exigindo – que o laboratório crie uma fórmula para o irmão deixar de amar. Horas depois, bate na porta uma maluquinha querendo ajuda para arrumar um namorado!
- Pois é... Pensando bem, parece coincidência demais! – refletiu Zé.
Os dois, então, pararam de andar. As bochechas do polaco embranqueceram novamente. Olharam um para o outro e voltaram em disparada para o laboratório.
Abriram a porta no exato momento em que Beterraba, balde e pincel na mão, tingia o cabelo de Bromeja com a mais verde das tintas de parede. Margô observava a cena com descrença, Baldo e Rimo estavam entretidos na internet e Sorondo limpava retratos antigos, impassível.
A caça-namorados usava um avental para proteger o vestido dos respingos. Sua cara não era nada boa e sabe-se lá como Beterraba conseguira convencê-la a pintar as madeixas. A determinação de não ficar mais sozinha, talvez.
- Não faça isso, Betê! – alertou Celeste.
- Qual o problema? – perguntou Margô, metendo-se na história.
- Essa mulher é uma impostora! – disse Zé, convicto.
Desta vez, quem não pode segurar a gargalhada foi Sorondo. Da sala de jantar, do outro lado da parede, todos escutaram o velho mordomo rir como se acabasse de ouvir a última e mais engraçada piada.
- Mas, isso aqui é um laboratório ou um circo? Vocês bebem o que de manhã, chá de cócegas? Usam gás hilariante como perfume? Quero explicações, doutora! – esbravejou com a mesma voz esganiçada a mulher dos – agora! – cabelos verdes.
Margô, cercada de olhares, não sabia o que fazer. Realmente, não devia ter levantado da cama. Que dia!
O jardim da frente tinha em torno de si um caminho circular. Os dois caminhavam por aí, de braços dados, em sentido anti-horário. Zé estava com as bochechas vermelhas após a crise de riso. Não parecia arrependido, muito pelo contrário.
- Parece até intriga do destino! Você não acha? – perguntou o estrangeiro.
- Espero que seja mesmo apenas coincidência – disse a mulata, misteriosa.
Ambos estavam em sintonia. Para Zé, pareceu tudo tão casado que ele achou piada, não se aguentou e fez o que fez. Celeste, por sua vez, não viu lá muita graça. Sentiu foi medo.
Oras, primeiro, aparece um sujeito sinistro pedindo – ou melhor, exigindo – que o laboratório crie uma fórmula para o irmão deixar de amar. Horas depois, bate na porta uma maluquinha querendo ajuda para arrumar um namorado!
- Pois é... Pensando bem, parece coincidência demais! – refletiu Zé.
Os dois, então, pararam de andar. As bochechas do polaco embranqueceram novamente. Olharam um para o outro e voltaram em disparada para o laboratório.
Abriram a porta no exato momento em que Beterraba, balde e pincel na mão, tingia o cabelo de Bromeja com a mais verde das tintas de parede. Margô observava a cena com descrença, Baldo e Rimo estavam entretidos na internet e Sorondo limpava retratos antigos, impassível.
A caça-namorados usava um avental para proteger o vestido dos respingos. Sua cara não era nada boa e sabe-se lá como Beterraba conseguira convencê-la a pintar as madeixas. A determinação de não ficar mais sozinha, talvez.
- Não faça isso, Betê! – alertou Celeste.
- Qual o problema? – perguntou Margô, metendo-se na história.
- Essa mulher é uma impostora! – disse Zé, convicto.
Desta vez, quem não pode segurar a gargalhada foi Sorondo. Da sala de jantar, do outro lado da parede, todos escutaram o velho mordomo rir como se acabasse de ouvir a última e mais engraçada piada.
- Mas, isso aqui é um laboratório ou um circo? Vocês bebem o que de manhã, chá de cócegas? Usam gás hilariante como perfume? Quero explicações, doutora! – esbravejou com a mesma voz esganiçada a mulher dos – agora! – cabelos verdes.
Margô, cercada de olhares, não sabia o que fazer. Realmente, não devia ter levantado da cama. Que dia!
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